Autor Parceiro + Entrevista: Guto Cruz








Guto Cruz - Leciona línguas, artes e literatura e vem revolucionando sua sala de aula com uma didática inovadora de ensino. Nascido em 1991, é peixeiro - de Itajaí, chero - e Santa Catarina é seu estado do coração pois foi cenário de sua vida e de suas histórias. O Doce Luar da Primavera é seu primeiro livro e reúne textos diversos - e alguns inéditos - do autor.

Oi, amores!

Hoje o post é muito especial! Apresento a vocês o Guto, nosso mais novo parceiro! Guto é autor de ''O Doce Luar da Primavera'', um livro de contos e poesia. E para oficializar essa parceria, fiz uma entrevista com 6 perguntinhas básicas sobre seu livro e sobre várias outras coisinhas.

Ah, vou deixar no final do post mais informações sobre o livro para vocês (eu estou apaixonada pela capa, imagino o conteúdo!). Bom, vamos para a entrevista!:

Belle: 1 - Como começou o seu envolvimento com a escrita?

Guto: Eu ainda estava no ensino médio quando comecei a escrever. Sempre fui um menino que gostava de ler e declamar poesias, acho que puxei isso da minha mãe. Ela é professora de Português e lá em casa sempre foi um festival literário, hahaha! Mas foi na adolescência, com as primeiras ''sofrências'' da vida que meus primeiros rabiscos foram nascendo.

Belle: 2 - Quais são os seus autores/livros favoritos?

Guto: Eu lembro que na 5ª série, minha professora de Português pediu para que cada aluno decorasse um poema e fizesse a declamação em sala. Naquela época, pedi ajuda para minha mãe e ela me deu um poema pequeno de Fernando Pessoa que se chamava "Autopsicografia". Decorei. Apresentei. Foi ali que senti que a poesia fazia parte de mim. Depois disso, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira e Luis Fernando Veríssimo foram me acompanhando enquanto crescia. Depois que comecei a faculdade de Letras e a dar aulas de literatura, conheci Manoel de Barros, Paulo Leminski, Ana Cristina César, Clarice Lispector, Martha Medeiros. Essa gente toda me inspira demais. Eu me identifico muito com eles, tanto que faço várias referências aos seus textos em meu livro.

Belle: 3 - Quais são os seus livros de cabeceira?

Guto: Hoje, devido o meu próximo projeto ser um livro infantil, eu estou com "O Canto da Praça", de Ana Maria Machado e alguns títulos do Ziraldo, do Andre Neves e da Ruth Rocha. Mas, Toda Poesia do Leminski não sai de perto de mim nunca!

Belle: 4 - O que te inspirou para escrever ''O Doce Luar da Primavera''?

Guto: "O Doce Luar da Primavera" é a minha primeira experiência literária. Para compor este livro, resgatei textos que surgiram há anos atrás e textos novinhos em folha. Mas, todos eles, retratam muito do que penso e sinto. Os meus sentimentos costumam aflorar em palavras. Então escrevo com total emoção. Deixo a razão totalmente de lado para produzir. E com este meu primeiro livro, não foi diferente. O que me inspirou, foram pequenas vivências, pequenos desejos.

Belle: 5 - Qual a melhor parte de escrever e ver o seu primeiro livro publicado?

Guto: Confesso que até hoje não sei se escrever é muito bom. Porque quando escrevo, eu me rasgo e me exponho de uma forma muito pessoal e isso, se mal interpretado, causa tanto tumulto que tu nem faz ideia. Mas, quando selecionei os textos desse livro, eu não me preocupei muito com o que pensariam de mim. Primeiro, pensei em cativar leitores. Fazer com que se identificassem e, principalmente, tivessem vontade de ler. E quando o livro finalmente saiu, a sensação foi de total realização. Sempre pensei em publicar, mas nunca achei que seria tão especial folhear as páginas do meu próprio livro.

Belle: 6 - Quais são seus planos? Pretende escrever um próximo livro?

Guto: Eu tenho o livro infantil, que estamos na fase de ilustração, mas isso é coisa pro ano que vem ainda. Por enquanto, pretendo levar meu livro para aqueles que gostam de ler, mas, principalmente, para aqueles que não gostam... Venho há anos trabalhando com formação de leitores e é muito recompensador conquistar um leitor que não tem o hábito. Com o meu livro então, chega a ser surreal.



Essa não foi a entrevista mais amorzinho que vocês já leram?! Eu amei cada palavra que o autor usou para responder minhas perguntas!

É incrível como por meio das respostas é possível notar muitas qualidades! Sinto que o autor se revelou bastante para mim e também para vocês, leitores.

Agradeço de coração ao Guto e todas nós da equipe desejamos muito sucesso em sua carreira.

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De vez em quando eu me dispunha a rabiscar uns versos, verbos, verbetes. Eram curtos, sem muito conteúdo. Eu tentava, por vezes, escrever e descrever o que sentia, via e imaginava. Para falar a verdade, eu sentia, via e imaginava muito mais do que pudera escrever. Não tinha o dom. Mas tinha vontade. Tinha necessidade.
Todavia, a cada linha que percorria, aliviava-me a alma. Descarregara um peso que teimava em acumular. Com o tempo, tornava-se cada vez mais comum transferir meus pensamentos para o papel. Qualquer ideia solta virava verso. Logo já era prosa. Não era intencional. Quando logo vira, já estava transcrevendo tudo que se passava em minha mente e principal: em meu coração.
Dedicando-me à escrita tive um aprendizado: não tinha dom para escrever, mas podia sentir, ver e imaginar... O que, pra mim, valia muito mais.