Autoras Parceiras: Patrícia Baikal e Luisa Bérard


E continuamos com nossas parcerias maravilhosas, hoje com duas Mulheres que são uma graça, além de escritoras maravilhosas.


Luisa Bérard: A escritora alagoana Luisa Bérard, radicada em Recife, é um nome promissor na produção de romances históricos no Brasil. Seu primeiro romance, "Nas montanhas do Marrocos", revela um talento nato da autora na construção de personagens e tramas marcantes. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Alagoas, exerceu a advocacia por muitos anos e atualmente dedica-se ao seu projeto literário. A partir de abril de 2018, passou a integrar a Academia Maceioense de Letras.









Ambientado entre as majestosas cordilheiras marroquinas e no esplendor da Inglaterra vitoriana no século XIX, o romance “Nas montanhas do Marrocos”, que marca a estreia da escritora Luisa Bérard no ambiente literário, é um dos títulos que vem protagonizando destaque nas livrarias. Lançada no último mês de outubro, durante a Bienal do Livro de Pernambuco, a obra de 564 páginas está ancorada no gênero de romance épico e entrega características sólidas do ambiente criativo de Bérard: narrativas precisas e enredos sofisticadamente construídos.Resultado de uma copiosa pesquisa de quase sete anos, “Nas montanhas do Marrocos” carimba o passaporte do leitor para o Marrocos e a Inglaterra do século XIX para contar a história da tão bela quanto impetuosa lady Katherine Hartington. A narrativa construída em torno da jovem protagonista apresenta as relações familiares e a suntuosidade da época vitoriana, descrevendo o estilo de vida da aristocracia inglesa e os obstáculos sociais impostos às mulheres. Nesse contexto sobressai a figura da poderosa duquesa de Melbourne, que não se amolda a esse papel socialmente pré-estabelecido e transmite à sobrinha seus conhecimentos sobre o instigante mundo dos negócios, potencializando o seu natural desejo de liberdade.“O livro ‘Nas montanhas do Marrocos’ é um romance escrito no melhor estilo de obras do gênero, aclamadas pelos públicos nacional e internacional”, conta Bérard, que com criatividade e originalidade, reuniu na dose certa de grandes best-sellers, personagens memoráveis, sedução, paixão, conflitos e intrigas, demonstrando com sua ágil narrativa e criteriosa pesquisa histórica o quanto pode ser ilusória e vazia a liberdade sem amor.



Patrícia Baikal: Nascida em Campo Grande, foi criada em Uberlândia e mora em Brasília. Escritora, blogueira e graduada em Direito. Do signo de aquário. "Mariposa" foi o seu primeiro livro, publicado em 2015. Recentemente, em 2017, lançou "Mulher com brânquias". Ambos são livros lançados de forma independente.




A ideia central do livro está baseada em duas frentes: a criação de uma mulher-monstro (fantasia) e o enfrentamento com um passado familiar com grande influência no presente da protagonista (realidade). Essas duas premissas misturam o real com o imaginário, criando cenas em que esses elementos se confundem e se conectam. A protagonista, Rita, passa por processos de autodescoberta que a forçam a mudar suas crenças. Por essa razão, a figura do peixe foi a escolhida para representá-la, considerando que, em muitas sociedades, o peixe significa renovação e acesso às zonas profundas do nosso inconsciente. Esse simbolismo permeia toda a história. A transformação da Rita em um monstro é principalmente uma metáfora às transformações pelas quais todos passam, físicas e psíquicas. E essas transformações ocorrem, geralmente, quando os medos mais profundos são enfrentados. As escamas e as brânquias representam a necessidade de adaptação aos novos ambientes e situações inesperados. Quando se consegue a adaptação, o resultado pode ser fascinante, abrindo várias possibilidades para o crescimento. Além disso, simbolizam um questionamento sobre a aceitação do próprio corpo. Às vezes, as pessoas se sentem feias e fora do padrão por serem diferentes da maioria, mas aquilo que as torna bonitas é exatamente o que as faz diferentes. São exploradas as heranças comportamentais entre gerações (simbolizadas pelas Odas), o medo da morte, o poder dos nossos pensamentos, a dificuldade de autoaceitação. Em relação às Odas, personagens importantes no enredo, elas possuem o mesmo nome e o mesmo destino. Representam gerações de mulheres de uma mesma família. São muito parecidas entre si em vários sentidos, como muitos de nós somos em relação aos nossos ancentrais, ainda que não sejamos conscientes sobre isso. A busca de Rita por essa identidade familiar das Odas abre caminhos para a protagonista buscar a sua própria identidade. As relações familiares são constantes no livro, principalmente a relação entre Rita, Regina e Elisa, marcada por sororidade em vários momentos.

Espero que tenham gostado da novidade.
Bjus e até a próxima.