O idiota

Sinopse: "Escrito em meio a crises de epilepsia, perturbações nervosas, viagens — e sob a pressão de severas dívidas de jogo —, O Idiota é um desses livros em que o leitor reconhece de imediato a marca do gênio. Nele, Dostoiévski constrói um dos personagens mais impressionantes de toda a literatura mundial — o humanista e epilético príncipe Míchkin, mescla de Cristo e Dom Quixote, cuja compaixão sem limites vai se chocar com o desregramento mundano de Rogójin e a beleza enlouquecedora de Nastácia Filíppovna. Entre os três se agita uma galeria de personagens de extrema complexidade, impulsionados pelos sentimentos mais contraditórios — do amor desinteressado à canalhice despudorada —, conferindo a cada cena uma intensidade alucinante que nunca se dissipa nem perde o foco. A tradução de Paulo Bezerra, a primeira realizada diretamente do russo em nosso país, traz para o leitor brasileiro toda a força da narrativa original."

Sinopse HQ: "“Em preto e branco, e num registro quase sem palavras, André Diniz propõe uma recriação surpreendente de O idiota, obra máxima de Fiódor Dostoiévski. Publicado em 1869 e escrito em meio a crises epilépticas e perturbações nervosas e sob a pressão de severas dívidas de jogo, o romance é um dos mais célebres da literatura mundial. Sua oralidade intensa encontra na explosão e na fluidez, na ternura e na enorme capacidade expressiva do traço de Diniz, uma correspondência única. A história é conhecida: após anos internado num sanatório suíço para tratar sua epilepsia, o jovem Míchkin retorna à Rússia e se vê envolvido num triângulo amoroso cujos ares folhetinescos darão o tom desta adaptação. Entre a vilania de Rogójin, um devasso perdulário que dilapida a fortuna herdada de seu pai, e a beleza arrebatadora de Nastácia Filíppovna, acompanharemos Míchkin e sua pureza quixotesca até o desenlace desta bela e trágica graphic novel.”

Título: O Idiota
Autor: Fyódor Dostoievski
Ano: 2015
Editora: Editora 34
Número de páginas: 688
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Título: O Idiota
Autor: André Diniz
Ano: 2018
EditoraQuadrinhos na Cia.
Número de páginas: 416
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Crítica O Idiota: Olá gente bonita, como vão vocês? Dessa vez eu e a Rafa viemos trazer para vocês uma resenha conjunta do livro O idiota e de sua HQ. Então vou dar uma breve introduzida no contexto e já dou a minha opinião para vocês.

O idiota foi um livro escrito pelo autor russo Fyódor Dostoievski em sua fase já madura e no meio de uma crise pessoal, e esse livro reflete bem o momento que o autor estava passando, principalmente por ele ser repleto de altos e baixos. O personagem principal desse livro o Lev Nikolayevich Mishkin foi criado com a intensão de ser uma mistura de características entre Jesus Cristo e Dom Quixote, ou seja, um personagem extremamente bondoso, que por viver em um mundo ruim e vil, adquire ares de comicidade, ou seja, de idiota.

Príncipe Mishkin é órfão de pai e mãe e foi criado por um amigo da família que após uma certa idade teve que enviá-lo para se tratar na Suíça, pois o mesmo sofria de epilepsia, e isso naquela época era uma doença grave, que mexia com os "nervos", tornando a pessoa fraca e doente. Porém, após 4 anos de tratamento, uma certa melhora do seu quadro e o falecimento do seu protetor, ele descobre que terá direito a uma herança e decide volta para a Russia, pois o seu médico já estava a lhe sustentar havia um certo tempo após a morte do seu bem-feitor.

Ao voltar para a Russia de trem para São Petersburgo, o príncipe conhece o espertalhão Rogójin, e um funcionário do governo chamado Liébediev, que serão personagens importantes durante todo o livro. Já no trem Liev houve falar pela primeira vez de Nastácia Filipnovna. Ao chegar em São Petersburgo o príncipe vai diretamente procurar sua única parente que ainda esta viva, Lisavieta, e ali conhece suas três filhas, entre elas Aglaia.

E é nessa dicotomia entre Nastácia, uma personagem extremamente bela, porém vil e manipuladora e Aglaia, uma personagem também bela, porém com uma doçura e ingenuidade juvenil, que a história se desenrola. O mais importante foco dessa narrativa é demonstrar que por o príncipe ser uma pessoa extremamente boa e não ver maldade em ninguém a sociedade o considera idiota, e por isso ele sofre uma manipulação constante de Nastácia, mesmo sem amá-la.

Michkin não segue nenhuma ordem pre-estabelecida, ele nunca enxerga apenas o seu lado, pelo contrário, coloca todas as pessoas a sua frente e por isso sua felicidade nunca é um objetivo. O personagem é tímido, carinhosos, cuidadoso, generoso, com uma alma tão pura quanto de uma criança e nos ensina a amar até quem nos faz o mal. Ele produz um grande efeito sobre todos que o conhecem, sendo sempre muito estimado apesar de muitas vezes não corresponder as expectativas da sociedade.
– Agora eu nunca mais vou considerá-lo um patife – disse o príncipe – ainda há pouco eu já o considerava totalmente um malfeitor, e de repente o senhor me alegrou muito – eis uma lição: não julgue se não tem experiência. Agora eu vejo que não se pode considerá-lo não só um malfeitor como também um homem demasiadamente estragado. Para mim o senhor é apenas uma pessoa das mais comuns que pode existir, apenas muito fraca e nem um pouco original.

Agora falando um pouco sobre a escrita, não é uma leitura leve e fluida, o texto muitas vezes é truncado, cheio de descrições e diálogos imensos. Porém, como todo clássico, vale muito a pena tentar desbravar cada página desse calhamaço, pois ele terá muita coisa a acrescentar para a sua vida. E para mim o maior questionamento do livro é se realmente vale a pena ser tão bom com as outras pessoas a ponto de se esquecer do que realmente te faz feliz.

Essa foi uma leitura difícil de ser completada, porém extremamente gratificantes, pois nos mostra a sociedade de um jeito bem exagerado, mas que se encaixa em alguns estereótipos do mundo atual. Recomendo a leitura desse livro, mas vá lê-lo sabendo que será difícil, mas que no fim, todo o esforço vai compensar.







Crítica HQ: Fala Marujos, infelizmente não me convenceu. Hoje trago essa trágica notícia logo no início da resenha, recebi a HQ “O Idiota” como parceiro de ação da Companhia das Letras e combinei com Cacau, eu faria resenha dela e ela do livro, tendo assim a resenha dupla.

Antes de mais nada não li o livro, somente a HQ e a impressão que tive dos personagens foram bem diferentes, bom, por ser um quadrinho quase sem falas, a primeira coisa que me incomodou foi a semelhança dos personagens, o que no início causa bastante desconforto, e me fez voltar várias vezes na descrição para saber quem era quem.

Bom, aí vem o problema da descrição de alguns personagens, o quadrinhista nos apresenta a somente 6 personagens, quanto na história tem alguns outros que não fomos apresentados. E pra piorar os que nos são apresentados tiveram a descrição bem confusa. O autor da HQ pressupõe que o seu leitor leu o livro original.

Conta-se a história Michkin que viveu sua infância/adolescência internado em um sanatório para curar sua Epilepsia, após a morte de seu tutor saí atrás de sua única parente viva. (Que na questão não sabe nem da sua existência). O personagem principal é super delicado e todos gostam dele, e se apaixona por Nastácia Flíppovna.

O que vemos desde o início é que todos os homens dessa história amam esta garota, e pra mim não deveria chamar o Idiota, e sim os Idiotas por que ela faz todos de besta. A dita cuja quer todos aos seus pés, fica com todos, e quando vê que eles arrumam outra e se casam, a danada volta, faz o cara abandonar a mulher e depois o abandona. Sério ela faz isso o tempo todo.

Bom pela HQ, não consegui ter empatia nenhuma por ela, o que no caso, me disseram que pelo livro ela é admirável, e é assim por seu passado ruim. Eu entendo que o passado dela a moldou, mas ela teve chance de fugir do mesmo, recomeçar, mas preferiu continuar sendo sacana. Então tá né.

O que posso dizer que amoooo HQs, e o traçado do André Diniz está lindo, uma pena não ter gostado da história, mas acredito que não deveria gostar do clássico também, e que não é culpa da HQ.

Pra quem gosta de HQ vale a pena a conferir, ainda mais por ser sem falas, nos leva a analisar melhor o desenho, e isso foi bem legal para o quadrinho, infelizmente não para a história.

Bjus, até a próxima.