Sinopse HQ: "“Em
preto e branco, e num registro quase sem palavras, André Diniz propõe uma
recriação surpreendente de O idiota, obra máxima de Fiódor Dostoiévski.
Publicado em 1869 e escrito em meio a crises epilépticas e perturbações
nervosas e sob a pressão de severas dívidas de jogo, o romance é um dos mais
célebres da literatura mundial. Sua oralidade intensa encontra na explosão e na
fluidez, na ternura e na enorme capacidade expressiva do traço de Diniz, uma
correspondência única. A história é conhecida: após anos internado num
sanatório suíço para tratar sua epilepsia, o jovem Míchkin retorna à Rússia e
se vê envolvido num triângulo amoroso cujos ares folhetinescos darão o tom
desta adaptação. Entre a vilania de Rogójin, um devasso perdulário que dilapida
a fortuna herdada de seu pai, e a beleza arrebatadora de Nastácia Filíppovna,
acompanharemos Míchkin e sua pureza quixotesca até o desenlace desta bela e trágica
graphic novel.”
Autor: Fyódor Dostoievski
Ano: 2015
Editora: Editora 34
Número de páginas: 688
Compre: Amazon, Submarino
Título: O Idiota
Autor: André Diniz
Autor: André Diniz
Ano: 2018
Editora: Quadrinhos na Cia.
Número de páginas: 416
Crítica O Idiota: Olá gente bonita, como vão vocês? Dessa vez eu e a Rafa viemos trazer para vocês uma resenha conjunta do livro O idiota e de sua HQ. Então vou dar uma breve introduzida no contexto e já dou a minha opinião para vocês.
O idiota foi um livro escrito pelo autor russo Fyódor Dostoievski em sua fase já madura e no meio de uma crise pessoal, e esse livro reflete bem o momento que o autor estava passando, principalmente por ele ser repleto de altos e baixos. O personagem principal desse livro o Lev Nikolayevich Mishkin foi criado com a intensão de ser uma mistura de características entre Jesus Cristo e Dom Quixote, ou seja, um personagem extremamente bondoso, que por viver em um mundo ruim e vil, adquire ares de comicidade, ou seja, de idiota.
Príncipe Mishkin é órfão de pai e mãe e foi criado por um amigo da família que após uma certa idade teve que enviá-lo para se tratar na Suíça, pois o mesmo sofria de epilepsia, e isso naquela época era uma doença grave, que mexia com os "nervos", tornando a pessoa fraca e doente. Porém, após 4 anos de tratamento, uma certa melhora do seu quadro e o falecimento do seu protetor, ele descobre que terá direito a uma herança e decide volta para a Russia, pois o seu médico já estava a lhe sustentar havia um certo tempo após a morte do seu bem-feitor.
Ao voltar para a Russia de trem para São Petersburgo, o príncipe conhece o espertalhão Rogójin, e um funcionário do governo chamado Liébediev, que serão personagens importantes durante todo o livro. Já no trem Liev houve falar pela primeira vez de Nastácia Filipnovna. Ao chegar em São Petersburgo o príncipe vai diretamente procurar sua única parente que ainda esta viva, Lisavieta, e ali conhece suas três filhas, entre elas Aglaia.
E é nessa dicotomia entre Nastácia, uma personagem extremamente bela, porém vil e manipuladora e Aglaia, uma personagem também bela, porém com uma doçura e ingenuidade juvenil, que a história se desenrola. O mais importante foco dessa narrativa é demonstrar que por o príncipe ser uma pessoa extremamente boa e não ver maldade em ninguém a sociedade o considera idiota, e por isso ele sofre uma manipulação constante de Nastácia, mesmo sem amá-la.
Michkin não segue nenhuma ordem pre-estabelecida, ele nunca enxerga apenas o seu lado, pelo contrário, coloca todas as pessoas a sua frente e por isso sua felicidade nunca é um objetivo. O personagem é tímido, carinhosos, cuidadoso, generoso, com uma alma tão pura quanto de uma criança e nos ensina a amar até quem nos faz o mal. Ele produz um grande efeito sobre todos que o conhecem, sendo sempre muito estimado apesar de muitas vezes não corresponder as expectativas da sociedade.
– Agora eu nunca mais vou considerá-lo um patife – disse o príncipe – ainda há pouco eu já o considerava totalmente um malfeitor, e de repente o senhor me alegrou muito – eis uma lição: não julgue se não tem experiência. Agora eu vejo que não se pode considerá-lo não só um malfeitor como também um homem demasiadamente estragado. Para mim o senhor é apenas uma pessoa das mais comuns que pode existir, apenas muito fraca e nem um pouco original.
Agora falando um pouco sobre a escrita, não é uma leitura leve e fluida, o texto muitas vezes é truncado, cheio de descrições e diálogos imensos. Porém, como todo clássico, vale muito a pena tentar desbravar cada página desse calhamaço, pois ele terá muita coisa a acrescentar para a sua vida. E para mim o maior questionamento do livro é se realmente vale a pena ser tão bom com as outras pessoas a ponto de se esquecer do que realmente te faz feliz.
Essa foi uma leitura difícil de ser completada, porém extremamente gratificantes, pois nos mostra a sociedade de um jeito bem exagerado, mas que se encaixa em alguns estereótipos do mundo atual. Recomendo a leitura desse livro, mas vá lê-lo sabendo que será difícil, mas que no fim, todo o esforço vai compensar.
Crítica HQ: Fala Marujos, infelizmente não me convenceu. Hoje trago essa trágica notícia logo no início da resenha, recebi a HQ “O Idiota” como parceiro de ação da Companhia das Letras e combinei com Cacau, eu faria resenha dela e ela do livro, tendo assim a resenha dupla.
Antes
de mais nada não li o livro, somente a HQ e a impressão que tive dos
personagens foram bem diferentes, bom, por ser um quadrinho quase sem falas, a
primeira coisa que me incomodou foi a semelhança dos personagens, o que no
início causa bastante desconforto, e me fez voltar várias vezes na descrição
para saber quem era quem.
Bom, aí
vem o problema da descrição de alguns personagens, o quadrinhista nos apresenta
a somente 6 personagens, quanto na história tem alguns outros que não fomos
apresentados. E pra piorar os que nos são apresentados tiveram a descrição bem
confusa. O autor da HQ pressupõe que o seu leitor leu o livro original.
Conta-se
a história Michkin que viveu sua infância/adolescência internado em um
sanatório para curar sua Epilepsia, após a morte de seu tutor saí atrás de sua
única parente viva. (Que na questão não sabe nem da sua existência). O
personagem principal é super delicado e todos gostam dele, e se apaixona por
Nastácia Flíppovna.
O que
vemos desde o início é que todos os homens dessa história amam esta garota, e
pra mim não deveria chamar o Idiota, e sim os Idiotas por que ela faz todos de
besta. A dita cuja quer todos aos seus pés, fica com todos, e quando vê que
eles arrumam outra e se casam, a danada volta, faz o cara abandonar a mulher e
depois o abandona. Sério ela faz isso o tempo todo.
Bom
pela HQ, não consegui ter empatia nenhuma por ela, o que no caso, me disseram
que pelo livro ela é admirável, e é assim por seu passado ruim. Eu entendo que
o passado dela a moldou, mas ela teve chance de fugir do mesmo, recomeçar, mas
preferiu continuar sendo sacana. Então tá né.
O que
posso dizer que amoooo HQs, e o traçado do André Diniz está lindo, uma pena não
ter gostado da história, mas acredito que não deveria gostar do clássico
também, e que não é culpa da HQ.
Pra
quem gosta de HQ vale a pena a conferir, ainda mais por ser sem falas, nos leva
a analisar melhor o desenho, e isso foi bem legal para o quadrinho,
infelizmente não para a história.
Bjus,
até a próxima.