Rio Vermelho

Sinopse: “Você acredita nele... então porque está com tanto medo? 
Uma combinação perfeita de A Sangue Frio e Making a Murder! Como confrontar quem você ama quando você não tem certeza se quer saber a verdade?
Há vinte anos, Dennis Danson foi preso pelo assassinato brutal de uma jovem no condado de Red River, na Flórida. Agora ele é o assunto de um documentário sobre crimes reais que está lançando um frenesi online para descobrir a verdade e libertar um homem que foi condenado erroneamente. A mil milhas de distância na Inglaterra, Samantha está obcecado com o caso de Dennis. Ela troca cartas com ele e é rapidamente conquistada por seu aparente charme e bondade para ela. Logo ela deixou sua velha vida para se casar com ele e fazer campanha para sua libertação. Mas quando a campanha é bem sucedida e Dennis é libertado, Sam começa a descobrir novos detalhes que sugerem que ele pode não ser tão inocente...






Título: Rio Vermelho
Autor: Amy Lloyd
Ano: 2018
Editora: Faro Editorial
Número de páginas: 276
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Crítica: Fala Marujos, Rio Vermelho é mais do que promete, mas se não olhar pro lado certo talvez você não compreenda aonde a autora queria chegar, o livro foi cedido pela editora e foi uma surpresa e tanto para mim.


Adiei um pouco a leitura do mesmo por ter visto muitas críticas negativas, e acabei percebendo que foi a melhor escolha, pois dessa forma consegui apreciar e captar todas as mensagens do livro.

Bom, como diz a sinopse, a história é sobre Dennis e seus possíveis assassinatos ou sua possível inocência, mas isso tudo é visto pelos olhos de Samantha. Sam é uma mulher solitária que acaba se envolvendo com o caso de Dennis e após se corresponder com ele por cartas se vê completamente apaixonada.

O livro promete um grande suspense, mas ao meu ver é muito mais do que ele matou ou não matou, percebi que a história é sobre Sam e não sobre Dennis.

Ela é uma mulher amargurada, que após sair de um relacionamento abusivo, se torno insegura, infeliz e solitária, mostra o trauma que essa relação causou a Sam. Vemos uma mulher que sua solidão era tão grande que procurou por um presidiário, pois acredita que é o tipo de amor que ela merece. Ao longo do livro, vamos percebendo que ela é uma mulher manipulada para acreditar que ela é Merda (desculpa o palavriado). Mark, seu ex namorado durante três anos, mexeu com sua cabeça.

E percebemos que Sam comete um erro e é culpada de uma forma em que todos a fazem acreditar ser Louca. Sam se vê feia, gorda e esquisita, e quando se encontra com Dennis após sua libertação, por se achar tão ruim, ela simplesmente aceita uma relação indigesta.

O livro acaba se arrastando pelo cotidiano dos dois após a saída de Dennis e se desenrola nas poucas páginas finais, mas o que pra mim foi suficiente pois em cada página eu conseguia entender mais ainda que aquilo não se tratava de um presidiário, mas de uma mulher ferida.

O final do livro me deixou completamente sem chão, Sam está doente, e ninguém percebe, como ela teve capacidade de aceitar as coisas da forma que acontecem, só comprova o tamanho do medo dela, e que infelizmente vemos esse medo na maioria das mulheres. Todas nós mulheres já sentimos esse medo alguma vez na vida. (só não quero dar Spoiller)

O que mais me indigna é saber que muitas mulheres acreditam que são feias, esquisitas, gordas, loucas e muito mais porque homens a fizeram acreditar nisso. E gostaria de dizer a todas as Samathas por ai: “Você é linda, inteligente, você consegue sim e é capaz, não acredite que um relacionamento vai fazer de você alguém, você não precisa de ninguém para existir, apenas acredite em você.”

Posso dizer que amei esse livro, mas não sei se esse era o intuito da autora, só sei que essa foi a mensagem que ela deixou para mim.

Bjus, até a próxima.