Título: O Homem de Lata
Autor: Sarah Winman
Ano: 2018
Editora: Faro Editorial
Número de páginas: 160
Crítica: Oi pessoal, o livro de hoje é um romance surpreendente “O Homem de Lata” de Sarah Winman. Exemplar cedido pela editora.
O
livro se passa durante a infância e a vida adulta de Ellis e Michael, e podemos
ver o ponto de vista da história de cada um, mas só consigo pensar em uma coisa
para dizer, um depoimento: “O que dizer de um livro que só li uma vez, mas já
considero pacas” KKKK (Inicio de depoimentos a lá Orkut).
Brincadeiras
à parte, posso dizer que realmente não sei o que dizer, um livro que nos tira o
ar e as palavras, que o simples ato de falar sobre ele não é possível, mas que
no caso irei tentar.
O
primeiro capítulo mostra Dora, ganhando seu quadro de Girassóis, o quadro que
marcou a vida dos meninos durante sua infância. Dora, mãe de Ellis, e mãe
emprestada e grande amiga de Michael, não teve uma vida fácil com o marido,
além de ser incompreendida.
Cuidou
de seu filho com muito amor e de Michael que se mudou para Oxford ainda jovem,
até quando deus permitiu, marcando assim a vida de ambos, mas principalmente a
vida de Michael.
Ellis
parece ser frio e não compreender alguns sentimentos, mas posso dizer que o que
ele mais faz é amar, e compreende sim, mas da sua maneira, ele respeita acima
de tudo o desejo de todos sempre com muito carinho.
Ellis
e Michael tem uma relação que ultrapassa o amor de amigos, e que a autora nos
trouxe para mostrar que na vida não é dois homens, duas mulheres ou um homem e
uma mulher, são duas pessoas que se amam.
Mas
as coisas começam a mudar quando Ellis conhece Annie, eles se apaixonam
perdidamente, e os três juntos formam um trio perfeito. Mas Michael não
consegue superar a perda de seu grande amor e se afasta.
O
livro traz o ponto de vista dos dois mostrando o porquê das coisas acontecerem,
porque eles se afastaram, porque a vida de Ellis é assim hoje, todos os
porquês.
Foi
um livro que me mostrou o que é o amor, e amei cada um de seus personagens,
inclusive o pai de Ellis, e Carol sua madrasta, que todos tinham carinho um
pelos outros, cada um à sua maneira. E que por mais que se tome atitudes
extremas, todas essas são tomadas por amor.
As
vezes não compreendemos naquele momento o porquê de alguém que se ama fazer
algo que não nos agradam, mas nem sempre é com a intenção de nos machucar, mas
sim o contrário, para evitar que nos machuquemos ainda mais. Vejo isso no pai
de Ellis, que infelizmente não foi uma pessoa boa para sua mãe, e fez coisas
que desagradaram seu filho, mas ele achou que estava fazendo o correto.
E
não podemos deixar de citar Mabel, uma pessoa doce e compreensiva, avô de
Michael, e que soube amenizar a dor de ambos na hora certa.
Um
livro tão pequeno, mas com uma mensagem tão grande, que com certeza deve ser
lido, super recomendo.