Título: Não Confie em Ninguém
Autor: Charlie Donlea
Ano: 2018
Editora: Faro Editorial
Número de páginas: 352
Crítica: Fala Marujos, infelizmente hoje a resenha não será tão agradável. Discordando da sinopse como o pior livro do Charlie Donlea, Não Confie Em Ninguém só me conquistou com um personagem, e os detalhes não me convenceram.
A
proposta é até interessante, Sidney, uma cinegrafista que produz documentários
sobre crimes e consegue provar que o acusado foi preso injustamente, resolve
fazer com nossa garota da vez “A garota de Sugar Beach”, Grace Sebold.
O que
torna obvio é que sabemos que não foi ela que matou Julian Crist, namorado
preste a pedi-la em casamento, pois se fosse ela, não haveria livro. E vamos
acompanhando o desenvolvimento do caso junto com Sidney, um detalhe é que os
expectadores da série ficam sabendo das novidades quase ao mesmo tempo que nós
ficamos sabendo.
Até ai
tudo interessante, mas então, Charlie começa a embromar a história, quase
nenhum detalhe se revela em páginas maçantes, quando essas revelações acontecem
você já passou cenas e mais cenas chatas com uma personagem nada cativante, ou
seja o livro poderia ser BEM menor.
Sidney
é uma personagem sem sal, infelizmente ao contrário da Dr Cutty do livro
anterior, aliás Lívia Cutty dá o ar da graça em algumas cenas, o que achei que
foi bem pouco, porque adoro essa mulher. Os capítulos se desenvolvem com Sidney
correndo atrás de informações e muitas vezes em seu escritório ou em salas de
reunião.
E aí
temos um problema sério, Charlie acrescente adendos de um tal de Luke, que
trabalha na mesma emissora de Sidney e eles ficam numa briguinha de ego CHATA,
enfadonha e sem necessidade.
No meio
dessa história, temos alguns capítulos nada haver que só entendemos depois de
um tal de Gus, e por incrível que pareça, era a parte mais interessante para
mim, sério, amo esse cara. E assim chegamos ao fim, onde Gus tem uma revelação
para Sidney, e aí vem a famosa reviravolta.
Bom,
não vou contar o fim, nem o porquê de tudo, mas vou contar minhas impressões,
Charlie tenta encaixar um fim para não ser obvio e força completamente a barra,
e pra mim forçou muito, eu queria falar, mas vou dar muito spoiller.
Então
simplesmente não me convenceu, INFELIZMENTE, porque amo o Charlie com todas as
forças, e sim vou ler os outros deles. O fim é deixado em aberto, e leria sim a
continuação, ainda mais que deve ser com o Gus.
Mas
sempre deixo aqui, leia o livro, tire suas próprias conclusões, ele não foi bom
pra mim, mas pode ser bom para você.