Título: Areia Movediça
Autor: Anne Holt Muller
Ano: 2017
Editora: Amazon
Número de páginas: 338
Compre: AmazonCrítica: Enfim uma nova resenha, e vamos falar de autores parceiros?? Hoje trago o livro Areia Movediça, de uma autora para lá de misteriosa. Confesso que sempre segui o instagram da mesma (@annehmullerfc, para quem tiver interesse de conhecer), e quando surgiu a oportunidade de parceria fiquei bem animada.
Quando
pedi suas informações para divulgar no blog, ela me perguntou se realmente
havia necessidade, pois ela usava um pseudônimo, o que me deixou mais curiosa
ainda, e iniciei a leitura de seu novo livro.
Podemos
caracterizar seu livro como uma distopia, muito bom por sinal, e é movimentada
do início ao fim. Podemos dividir o livro em duas etapas: A Kathleen e a
Kathleen sem memória, pois passamos a ter duas protagonistas completamente
diferentes, apesar de ser somente uma pessoa.
Na
primeira etapa conta-se a história da mesma, ela aos cinco anos perde os pais
assassinados, enquanto está escondida embaixo do assoalho, onde assiste tudo,
um tanto traumático para uma criança. Seus pais eram assassinos de uma
organização chamada ORDEM, e sabiam que mais cedo ou mais tarde seriam mortos,
e deixaram para sua filha tudo preparado, além de uma boa quantia, Kathleen
ficaria aos cuidados da tia.
Após onze
anos, no seu aniversário de dezesseis, Kathleen vai até a ORDEM buscar alguns
documentos de seus pais. Chegando no centro de treinamento da mesma, descobre
que foi traída por sua tia, e entregue a ORDEM, agora ela terá que treinar e
trabalhar para eles.
Essa
mesma organização dominou o mundo após a grande guerra, e temos um novo
governador, Faust, Kathleen passa a conhece-lo e muita coisa acontece, mas
descobre que ele a protege desde pequena das pessoas que mataram seus pais, que
a querem morta por vingança. E temos várias cenas de tensão entre os dois, que
se odeiam.
Bom na
primeira etapa, Kathleen é forte decidida, e sabe bem o que quer. Dentro da
ORDEM conquista o coração de Thomas (de longe o meu preferido), mas ela não
sabe que o mesmo sente algo por ela. E durante alguns problemas com Faust quem
a ajuda acima de tudo é Thomas.
Após
muita confusão e ação, ela acaba sendo raptada por essas pessoas que a querem
morta, graças a uma grande armação de Faust (Sim gente o Faust não presta, é
egoísta, egocêntrico e sedutor. Não dá para gostar dele), mas ele acaba se
arrependendo e vai atrás dela, e quando chegam até ela, sua memória foi
apagada.
Bom, aí
começa uma nova fase, A Kathleen sem memória é insegura, dependente e boba, ela
começa uma devoção a Faust de um jeito que você fica com raiva, e se envolve em
um relacionamento abusivo. A relação dos dois muda completamente, e agora
Thomas se afasta, e Faust a usa, sempre mentindo. Você vê que ele não a ama e
ela se rasteja para ele até o fim.
Eu
entendo que ela não conheça nada além dele, mas ela vai descobrindo suas
falcatruas e não toma uma decisão. As pessoas continuam atrás dela para matá-la
e ela ficou mais fria e Calculista,
simplesmente boba para um lado e assustadora para outros.
Não quero
me alongar muito para não contar a história mais do que já contei, então eu
terminei a leitura com aquele sentimento, meu deus, porque terminou assim, que
ódio desse relacionamento, quero mais do Thomas, vou xingar a autora.
E quando conversei com Anne descobri que teremos mais um livro que vai preencher todos esses sentimentos que me deixaram com raiva. Graças a Deus.
A escrita
da autora é maravilhosa, a história é muito boa, o texto precisa de uma
revisão, tem algumas palavras repetidas e errinhos bobos, mas nada que atrapalhe
a leitura.
De todos
os autores que tenho lido ultimamente, poucos me prenderam do início ao fim
como ela me prendeu. E adoro quando livros me revoltam, livros tem que causar
sentimentos.