Ascos

SinopseEm uma taverna esquecida pelo tempo, viajantes, indigentes e ébrios encontram-se aleatoriamente. Ali todos sabem que alguém sempre carrega uma história sobre sua vida. Numa mesa qualquer, numa noite qualquer, desconhecidos resolvem compartilhar suas histórias, além de cigarros e bebidas, ali contam suas angústias, suas frustrações, seus sonhos e seus amores. Quatro desconhecidos contam suas distintas histórias – bruxaria e misticismo, assassinatos, canibalismo e sacrifícios. Temas controversos escolhidos a dedo pelo autor para causar impacto da primeira à última página. O que restará a estes boêmios no fim da noite, quando não haver mais vinho em suas taças?

Título: Ascos
Autor: Anderson Mileib
Ano: 2015
Editora: Editora Kazuá
Número de páginas: 120


Crítica: Oi pessoal, tudo bem?? Hoje trago para vocês um livro de contos, escrito pelo nosso autor parceiro Anderson Mileib.

A história se inicia em uma taverna, e várias pessoas se reúnem, bebem juntos e contam suas histórias mais macabras. Neste livro são citados quatro contos de quatro homens e todos com um final bem sombrio.

Anderson usa como inspirações Noite na taverna de Álvares de Azevedo, utilizando a mesma atmosfera e a ideia de um local onde pessoas bebem e contam suas histórias.

Todas as histórias ligam seus contadores em uma característica principal, que no caso, não irei citar para não dar o famoso spoiller, mas uma coisa eu lhes digo, espere sempre o pior.

Eu iniciei os dois primeiros contos tentando ter uma impressão sobre a escrita do autor, pois apesar dos primeiros contos serem bem interessantes, eu já sábia o fim antes mesmo de terminá-los. Tiveram dois pontos da história que não imaginei, mas o restante foi exatamente o que eu pensei.

A questão de saber o fim antes do termino do conto é mais pessoal, infelizmente eu tenho essa mania chata de não me surpreender com nada e adivinhar tudo antes da hora.

Já nos dois últimos contos, o que para mim deveriam ter vindo antes, esses sim me surpreenderam, não conhecia nada parecido e não consegui descobrir um desfecho melhor.

Para mim, o melhor conto foi o do Kevin, que eu fui acompanhando o enredo pensando aonde iria chegar e me surpreendeu bastante. Kevin é um estudioso da criminalidade e da mente, e estava fazendo uma tese sobre criminosos, mais especificamente assassinos, e gostaria de saber como a mente deles funciona, para isso iria passar um tempo com um e entende-lo.

A escrita do Anderson é muito natural e deliciosa de se acompanhar, o virar de páginas torna-se gostoso ao ponto de não sentir. As histórias remetem ao passado, mas as vezes me confundia, pois parecia ter um toque dos dias de hoje. Não sei se foi intenção do autor, mas confesso que deixou tudo mais interessante, pois não conseguir definir o quando ou onde, deixa tudo bem mais macabro.

Por fim temos uma carta que remete ao contador de um dos quatro contos anteriores, fechando o livro com chave de ouro. Foi bastante interessante de se ler, creio que vão adorar.

Bjus, até a próxima.