Vozes do Joelma

Sinopse: Marcos DeBrito, Rodrigo de Oliveira, Marcus Barcelos e Victor Bonini são autores reconhecidos pela crueldade de seus personagens e grandes reviravoltas nas narrativas. As mentes doentias por trás dos livros A Casa dos Pesadelos, O Escravo de Capela, Dança da Escuridão, Horror na Colina de Darrington, Quando ela desaparecer, O Casamento, Colega de Quarto, e da série As Crônicas dos Mortos, se uniram para criar versões perturbadoras sobre as tragédias que ocorreram em um terreno amaldiçoado, e convidaram o igualmente perverso Tiago Toy para se juntar na tarefa de despir os homicídios, acidentes e assombrações que permeiam um dos principais desastres brasileiros: o incêndio do edifício Joelma. O trágico acontecimento deixou quase 200 mortos e mais de 300 feridos, além de ganhar as manchetes da época e selar o local com uma aura de maldição. Esse fato até hoje ecoa em boatos fantasmagóricos que envolvem a presença de espíritos inquietos nos corredores do prédio e lendas sobre lamúrias vindas dos túmulos onde corpos carbonizados foram enterrados sem identificação. Algo que nem todos sabem, é que muito antes do Joelma arder em chamas no centro de São Paulo, o terreno já havia sido palco de um crime hediondo, no qual um homem matou a mãe e as irmãs e as enterrou no próprio jardim. Devido às recorrentes tragédias que marcaram o local, há quem diga que ele é assombrado por ter servido como pelourinho, onde escravos eram torturados e executados. E sua maldição já fora identificada pelos índios, que deram-lhe o nome de Anhangabaú: águas do mal. Se as histórias são verdadeiras não se sabe... A única certeza é que a região onde ocorreu o incêndio tornou-se uma mina inesgotável de mistérios. E, neste livro, alguns deles estão expostos à loucura de autores que buscaram uma explicação.

Título:  Vozes do Joelma
Autor: Marcos DeBrito, Rodrigo de Oliveira, Marcus Barcelos e Victor Bonini 
Ano: 2019
Editora: Faro Editorial
Número de páginas: 288
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Crítica: Bom dia, boa tarde e boa noite Marujos, após meses sem conseguir finalizar uma leitura sequer, trago para vocês Vozes do Joelma, livro cedido pela nossa editora parceira Faro Editorial. Da pra amar, dá pra odiar e principalmente dá para sentir medo.

Livro escrito por 4 autores conhecidos e requisitados da editora, com a participação de um autor convidado Tiago Toy, de todos só não conhecia a escrita do Tiago e do Rodrigo. É um livro composto por quatro contos bem diferentes e intrigantes e irei falar de um por um.

O primeiro de Marcos DeBrito “Os mortos não perdoam” me cativou de uma forma deliciosa, Marcos nos traz a narração de uma história baseada em fatos reais, e que me levou a pesquisar sobre ela após a leitura. Ele narra um acontecimento que ocorreu no mesmo terreno do Joelma, muito antes do edifício existir. É a história do poço, e um grande assassinato envolvido.

Com a maestria de sempre ele nos envolve de uma forma, a inclusão da pegada do terror e dos fantasmas me deixou com aquele gostinho de até que enfim um terror gostoso de se ler. Eu não sou de ficar assustada nem impressionada fácil, então foi delicioso. Me ganhou com a simplicidade da história.

Partindo pro segundo do Rodrigo de Oliveira “Nos deixe queimar”, infelizmente foi o que menos gostei, Rodrigo traz a história do incêndio e como tudo pode ter ocorrido, e com a sua pegada tradicional, ZUMBIS. Se você curte o tema, corre pra esse conto, a história é super bem bolada e a escrita do autor é muito leve e dinâmica, mas infelizmente eu não consegui entrar nessa história, acredito porque vejo zumbis mais como comédia do que como terror e isso pode ter tirado a pegada do conto para mim.

Agora o terceiro conto, esse daí, GENTEEEEE!!!! PARA TUDO, meu favorito de todos os tempos, eu não sou de impressionar, mas tive pesadelos. Marcus Barcelos com “Os treze” me cativou, me arrepiou e me fez ter vontade de visitar o tumulo das treze almas.

Pra quem não conhece a história das treze almas, são pessoas que morreram dentro do elevador do prédio e não foram reconhecidas, quem visita os túmulos das mesmas dizem que elas realizam milagres em troca de água.

A história que Marcus criou pra prender as lacunas do livro é impressionante, e mostra como essas almas são especiais, não posso deixar demonstrar o quanto amei.

E pra finalizar Victor Bonini com “O Homem Na Escada” conta o pós incêndio, a ocupação do prédio e como as coisas acontecem, o elemento do Homem na escada nos remete a uma vida sofrida que a protagonista várias vezes nos deixa na dúvida, é loucura ou real???

Certamente, um pouco dos dois, dado ao histórico do prédio e a loucura aparente também da personagem, e que agora pra tirar o clichê de todas as histórias é uma senhora, vivida, e com muitos problemas, pode ter certeza.

Bom pessoal, me alonguei demais nessa resenha, mas parece que já perceberam como essa história é realmente interessante, conheci muito do edifício, pois a cada página lida, me dava uma vontade de pesquisar e conhecer mais. Então nada mais justo que SUPER RECOMENDO.

Bjus, até a próxima.